domingo, 20 de dezembro de 2009

Fabiana Uchinaka: Manejo de comportas encheu bairros pobres

Atualizado em 18 de dezembro de 2009 às 00:37 | Publicado em 17 de dezembro de 2009 às 10:55

Comportas fechadas na barragem da Penha para proteger a marginal ajudaram a alagar a zona leste
Fabiana Uchinaka
Do UOL Notícias

por sugestão do leitor Mário Macaíba

Em São Paulo

As seis comportas da barragem da Penha, na zona leste de São Paulo, foram completamente fechadas às 2h50 do dia 8 de dezembro, dia em que a cidade enfrentou fortes temporais e viu diversos pontos alagarem como há muito tempo não se via. Somente dois dias depois, às 17h20, todas as comportas foram abertas. Os dados, fornecidos pelo engenheiro responsável pela barragem, João Sérgio, indicam que houve uma clara escolha da empresa responsável: alagar os bairros pobres da zona leste para evitar o alagamento das marginais e do Cebolão, conjunto de obras que fica no encontro dos rios Tietê e Pinheiros.

"Mesmo fechando as comportas, encheu o [córrego] Aricanduva. Se eu não tivesse fechado aqui, teria alagado as marginais e toda São Paulo", justificou Sérgio, que explicou que a decisão vem da direção da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia). Ele acrescentou ainda que no dia 9 duas comportas foram abertas às 10h10 e mais duas às 21h.

O engenheiro argumenta que cada barragem (são quatro em São Paulo: Móvel, Penha, Mogi das Cruzes, Ponte Nova) é responsável apenas por administrar o fluxo de água do local e não sabe o que acontece nos outros pontos, porque não há comunicação. Mas ele acredita que as comportas foram abertas nas barragens de cima, em Mogi, e isso influenciou no alagamento da região da zona leste.

"Não recebo informações de outras barragens. As de cima são administradas pela Sabesp e as de baixo pela Emae. Eu só respondo por essa barragem e às ordens da Emae", disse. "Também acho estranho o nível da água não baixar aqui e não sei por que está indo para os bairros, mas não precisa ser especialista para ver que está assoreado [o rio]".

Ele trabalha há quase 15 anos no local e conta que desde o governo de Orestes Quércia (1987-1991) não são colocadas dragas para desassorear o rio na parte que fica acima da barragem. "O governo tentou colocar de novo, mas a própria Secretaria de Meio Ambiente não deixou, porque não tinha bota-fora [local para despejar a terra retirada]", afirmou.

O desassoreamento do rio daria mais velocidade ao escoamento da água e aumentaria a área de reserva de água perto da barragem, o que impediria o transbordamento para os bairros adjacentes.

Para Ronaldo Delfino de Souza, coordenador do Movimento de Urbanização e Legalização do Pantanal, o governo fez uma opção. "Ou alagava a marginal ou matava as pessoas no Pantanal. E matou", disse. "E ainda bota a culpa nas moradias. O Estado só se preocupa com o escoamento de mercadorias, só pensa em rodovia. Vida humana não importa".

Moradores e deputados estaduais fizeram nesta quarta-feira (17) uma inspeção no local para saber se a abertura das comportas tinha relação com o alagamento no Jardim Romano e no Jardim Pantanal, que já dura nove dias.

O movimento, formado por moradores de diversos bairros localizado na várzea do rio Tietê, acusa o governo do Estado e a prefeitura de manterem a água represada além do necessário como forma de obrigar as famílias a deixarem a região, onde será construído o Parque Linear da Várzea do Rio Tietê. Há anos, os moradores resistem em sair dali, porque dizem que o governo não apresenta um projeto habitacional concreto e apenas oferece uma bolsa-aluguel.

"Não era para as máquinas estarem trabalhando aqui? Cadê? Não tem um funcionário do governo aqui", reclamou, apontando para as ilhas que aparecem no meio do rio, logo acima da barragem da Penha. As dragas são vistas somente na parte de baixo da construção.

"Os córregos do Pantanal já estavam muito cheios três dias antes da chuva. Como não abriram a barragem sabendo que ia chover?", perguntou Souza, indignado. "O que a gente viu aqui é que não houve possibilidade de escoamento, porque a água ultrapassou o nível das comportas e não tinha velocidade para descer, não tinha gravidade", concluiu.

Segundo os registros da barragem, no dia 8 a água ficou acima do nível das comportas por 5 a 6 horas. Sérgio explicou que a queda do rio Tietê é de apenas 4% e por isso a vazão demora cerca de 72 horas desde a barragem de Mogi das Cruzes até o centro da cidade -- isso sem chuva. "É demorado, sempre foi", disse.

"Imagina o que uma hora de comportas fechadas não faz de estrago lá no Pantanal", falou Souza, diante dos dados. "Se fecha aqui, a água para de novo, perde velocidade e vai demorar mais 72 horas para descer", afirmou.

Os deputados estaduais que acompanharam a inspeção concordam con a teoria dos moradores. "Foi feita uma escolha e a corda estourou do lado mais fraco", afirmou o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL). "É uma questão grave. A falta de comunicação e de um gerenciamento unificado são prova de uma falta de governância e de um planejamento na administração das barragens, o que levou, em grande parte, ao fato do bairro do Pantanal ter sido alagado".

"Há uma estranha coincidência de que no momento da desocupação há um alagamento desses e ninguém consegue escoar a água. Não havia uma inundação dessas há 15 anos e o nível das águas está subindo mesmo sem chuva. É muito estranho e as autoridades têm que explicar", completou o deputado estadual Adriano Diogo (PT).

Eles farão um relatório sobre a inspeção e pretendem denunciar o caso, junto com a situação da estação de tratamento de esgoto, aos Ministérios Públicos Estadual e Federal.

sábado, 14 de novembro de 2009

I Fórum sobre a despoluição do Rio Tietê na USP-Leste

Despoluição do Rio Tietê

I FÓRUM SOBRE A DESPOLUIÇÃO DO RIO TIETÊ NA USP-LESTE

Entre na luta pela despoluição do rio Tietê: mergulhe nesta idéia

Dia 01 de Dezembro de 2009, Terça - Feira ás 9h.




O encontro do rio Jacú com o Tietê

Entulhos na margem do rio Tietê no Bairro de São Miguel


O Corrégo Cruzeiro de Sul


Os movimentos, as entidades e lideranças querem acompanhar os passos sobre a DESPOLUIÇÃO DO RIO TIETÊ, na zona leste do município de São Paulo.

O rio Tietê já recebeu alguns bilhões de reais e continua muito poluído, causando graves problemas ambientais e a saúde da população.

No mês de outubro de 2009 o Governo do Estado de São Paulo recebeu mais 600 milhões de dólares, cerca de 1 bilhão e 200 mil reais.

Como serão aplicados estes recursos para despoluir o rio Tietê?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ato de Despoluição

Ato pela Despoluição do
Rio Tietê

Dia 03 de Outubro de 2009 – Sábado

Local: debaixo da Ponte de Cumbica
(ligação entre Av. Assis Ribeiro, SP e Av. Santos Dumont, Gualhuros)
Programação
10h – Atividades e oficinas culturais promovidas por grupos e entidades de locais banhados pelo Tietê.
14 – Ato inter-religioso
13:30 – Ato político: foram convidados autoridades e parlamentares
15h30 – Continuação das atividades culturais

O que queremos com este ato?
Cobrar dos poderes públicos as metas para a despoluição do Rio Tietê. Envolver as cidades que mais poluem na luta pela despoluição do Rio Tietê.
Conhecer os projetos em execução de despoluição do Rio Tietê

Participe!!!

VOCÊ PODE AJUDAR A SALVAR O RIO TIETÊ
DIVULGE O EVENTO
Informes:
www.atoprotiete.blogspot.com

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Arte e política ambiental



Em 2008 o artista plástico Eduardo Srur atraiu a atenção dos paulistanos para a problemática ambiental em que se encontra o rio Tietê provocando ao transeunte que utiliza as marginais do rio Tiete por meio da arte.
Srur expôs vinte garrafas infláveis gigantes, tipo PET, e a noite ficavam iluminadas instaladas às margens do rio Tietê.
As garrafas ficam distribuídas ao longo de cerca de 1,5 km nas margens do rio, entre as pontes do Limão e da Casa Verde. Cada peça media cerca de 10 m de comprimento por 3 m de diâmetro.
Tema recorrente no trabalho de Srur, a instalação pretendeu abordar justamente a questão da degradação ambiental da cidade em um dos principais marcos da poluição urbana em São Paulo.
Atualmente a instalação já foi desmontada e o material utilizado na pet virou mochila , e foram doadas a alunos de escolas públicas de São Paulo.
Que a criatividade de Srur nos ilumine no nosso Ato em pró Tiete.

Reunião de organização do Ato pró Tietê

Nesta terça-feira 22 de setembro, no dia em que é comemorado o Dia do Rio Tietê, aconteceu no CREN (Centro de Recuperação e Educação Nutricional) em São Miguel, mais um encontro de organização do Ato em Pró a Despoluição do Rio Tiete.
Este ato ocorrera no dia 03 de outubro, no horário das 10 ás 16hs. O local escolhido é próximo as margens do rio, de baixo da ponte Santos Dumont, travessa da avenida Assis Ribeiro na divisa com o municipio de Gualhuros. Neste encontro estiveram presentes representantes de instituições da zona leste. A próxima reunião acontecera no dia 29 de setembro as 9:30 no mesmo local. Maiores informações no tel: 2541-5206








sábado, 5 de setembro de 2009

Reunião de Organização para o Ato pró Tietê

Dia 09 de setembro
Horário: 9h
Local: Centro de Recuperação e Educação Nutricional ( CREN)
Rua: Um, 32 – Vila União de Vila Nova- São Miguel
Tel: 2541-5206 / 2546-0841


Link: sobre o reportagem sobre a poluição do rio Tietê
http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM998057-7823-SABESP+NAO+DA+CONTA+DE+TODA+A+POLUICAO+JOGADA+NO+RIO+TIETE,00.html

VIA PARQUE VÁRZEA DO TIETÊ

MOVIMENTO POPULAR PELOS DIREITOS DOS MORADORES DAS MARGENS DO
TIETÊ E POR JUSTIÇA NO PROCESSO DE DESAPROPRIAÇÃO

CONVIDA PARA:

3ª ASSEMBLÉIA DE MORADORES

19 DE SETEMBRO DE 2009 àS 10:00 H

Local: EMEF PROFESSOR FLÁVIO AUGUSTO ROSA Rua Gruta das Princesas,
165 – Vila Itaim

POR QUE NOSSA LUTA CONTINUA?

· Pela diminuição do limite demarcado para a
desapropriação (que atinja menos moradias);

· Por uma política de habitação justa (uma casa
por outra);

· Por uma política de proteção ambiental que
integre o ser humano como parte do meio ambiente;

· Pelo esclarecimento das dúvidas dos moradores
em situações diferenciadas;

· Para que as informações sobre este Projeto
cheguem a todas as comunidades atingidas.

Reunião de Moradores do Jardim Helena

Os de moradores(as) da Vila Aymoré, Jardim Helena, ocorrida em 19 de agosto de 2009 na Emef Armando Cridey Righetti.



A reunião foi organizada para esclarecer sobre direitos legais dos moradores frente à possibilidade de serem removidas para a criação de um parque na várzea do rio Tietê.

Reunião de Organização


No dia 25 de agosto aconteceu no salão da Igreja de São Francisco de Assis no bairro de Ermelino Matarazzo mais uma reunião de organização do Ato em pró a despoluição do Rio Tietê que acontecerá no dia 03 de outubro de 2009.
Mediada pelo Padre Ticão estiveram presentes lideranças e representantes de instituições da zona Leste, além da vereadora pelo município de São Paulo, Juliana Cardoso e da Secretária do Verde Michele de Sá Vieira do município de Suzano.

Foi também proposto pelo Padre Tição a realização de um seminário para discutir a problemática que envolve a bacia do Alto Tietê, sendo houve a sugestão de se trabalhar dois eixos.
1)A despoluição do Rio Tietê
2) A remoção das famílias

domingo, 23 de agosto de 2009

ATO PELO FIM DA POLUIÇÃO DO RIO TIETÊ E SEUS AFLUENTES


Dia: 3 de Outubro de 2009, sábado.
Local: nas margens do Rio Tietê, embaixo da Ponte de Cumbica.
na av. Assis Ribeiro você entra ao lado da Ponte de Cumbica.
Horário das 10h às 16hs

sábado, 22 de agosto de 2009


Objetivo do ATO EM DEFESA DO RIO TIETÊ:
Que o Governo do Estado e os 39 Prefeitos da Região Metropolitana estabeleçam
METAS PARA DESPOLUIR O RIO TIETÊ.

Próximos encontros de organização do ato:

Data: 25/08/09
Local: Igreja São Francisco, R: Miguel Rachid, 997 – Erm. Matarazzo.
Horário: 9 ás 11hs

Data: 09/09/09
Local: Cren – Centro de Recuperação e Educação Nutricional –
Horário: 9 ás 11h
Tel: 2541-5206 / 2214-1848