quarta-feira, 12 de maio de 2010

"O Alto Tietê possui 58 áreas contaminadas por produtos químicos...".

Região tem 58 áreas contaminadas
KARINA MATIAS

O Alto Tietê possui 58 áreas contaminadas por produtos químicos, sendo que quase a metade delas (24) está localizada em Mogi das Cruzes. Segundo a mais recente atualização do Cadastro de Áreas Contaminadas da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), datada de novembro do ano passado e divulgada ontem, Suzano ocupa a segunda posição com 15 terrenos contaminados, seguido de Itaquaquecetuba e Arujá, empatados com 6 casos. Ferraz de Vasconcelos, Poá e Santa Isabel apresentam duas áreas cada e Guararema uma. Das 10 cidades da Região, apenas Biritiba Mirim e Salesópolis estão livres do problema.
Diferentemente de outros municípios do Estado, em que terrenos contaminados passaram por processos de recuperação e já podem se utilizados novamente, na Região não há nenhum caso de área completamente reabilitada.
Em novembro de 2007, por exemplo, Mogi das Cruzes apresentava o mesmo número de pontos contaminados, sendo 16 provocados por postos de combustíveis, seis por indústrias e dois em razão do despejo irregular de detritos. De acordo com o levantamento atual, a situação continua a mesma. Das 24 áreas indicadas no relatório município, 15 são classificadas como contaminadas e destas, nove estão "sob investigação". O trabalho aponta que apenas oito se encontram em processo de monitoramento para reabilitação. Encaixam-se neste último item: Auto Posto Centro Cívico, Auto Posto Expedicionário, Auto Posto Imigrante, Auto Posto Mogas, Auto Posto Universo, Auto Posto Vovô Raphael, Centro Automotivo Scorpion e Elgin.
As duas áreas contaminadas, que estão sob responsabilidade da Prefeitura, se encontram no antigo lixão, na Volta Fria, e na Vila Industrial, onde há presença de borra de carvão. O relatório da Cetesb não lista qualquer medida de remediação nestes locais, mas estão assinaladas algumas medidas emergenciais. No antigo lixão, as ações pontuadas são a proibição de acesso à área e a remoção dos resíduos. Já na Vila Industrial, há apenas o isolamento do local.
Assim como em Mogi, na maioria das outras cidades da Região, os postos de gasolina são a principal fonte de contaminação, em razão da falha no armazenamento dos combustíveis. Ao vazar, os líquidos acabam contaminando o subsolo e também as águas subterrâneas. As indústrias aparecem em segundo lugar. As exceções são Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Guararema. No primeiro município, há nove terrenos industriais contaminados e seis relacionados a postos de gasolina. Já em Ferraz, uma área é industrial e na outra está instalada uma unidade da Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa), a antiga Febem. Em Guararema, foi a estatal Petrobrás Transportes S/A (Transpetro) quem poluiu o terreno no Bairro da Ponte Alta. Um derrame acidental de combustível contaminou o subsolo e as águas subterrâneas. Para este último caso, estão listados bombeamento e tratamento como medidas de remediação.
Por fim, em Itaquaquecetuba, o aterro sanitário da Pajoan é listado como área contaminada "sob investigação". O monitoramento ambiental representa a única medida emergencial indicada no relatório.

fonte: http://www.odiariodemogi.inf.br/noticia_view.asp?mat=23478&edit=6

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